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Foto do escritorRenata Wirthmann

Como funciona a clínica psicanalítica com crianças?

Atualizado: 8 de mai. de 2023

Texto escrito pela psicanalista e pesquisadora Renata Wirthmann, Doutora em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília com pós-doutorado em Teoria Psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenadora e professora de programas de formação continuada no Instituto ESPE!



Antes de avançar para o percurso do tratamento, temos que retroceder para o recorte desta prática clínica, a Psicanálise com crianças, ou seja, a clínica da psicanálise que pretende estudar e atender crianças. Desde Freud a teoria psicanalítica aponta para as dificuldades que a criança impõe a clínica. Com Lacan pudemos nomear essa dificuldade de real. Falamos, portanto, que a criança é o real da prática psicanalítica porque ela transborda os limites da clínica. Percebemos que esse transbordamento é uma das justificativas para que muitos psicanalistas decidam não atender crianças. A psicanalista Angela Vorcaro faz uma importante crítica para tal decisão: "O que há na criança de insuportável aos analistas? Estes recusam as crianças porque elas tomam tempo, exigem cuidados especiais e acarretam incômodos diversos.”


A partir dessa importante crítica, encontramos um convite. Diante do desafio da criança como real da clínica, convidamos os psicanalistas a seguir adiante ao invés de recuar, até por que, continua Vorcaro, “os psicanalistas que só atendem analistas e analisantes que se dirigem explicitamente a psicanálise e/ ou que se dedicam à supervisão, podem acabar por ficar isolados da subjetividade de seu tempo.”


A proposta é, portanto, atender as crianças, mas o que fazer com o Real que desafia a clínica? O real traz problemas, sabemos, mas tais problemas não devem ser tratados pela via imaginária, nos alerta Alba Flesler, pois ficaríamos tentados a achar uma solução (impossível) rápida e mágica que possivelmente aniquilaria a clínica com as crianças e a transformaria numa terapia familiar. Eis a tarefa do analista, receber a família, sem transformar a clínica com crianças numa terapia de família, lembrando sempre que o objeto da clínica é o sujeito, neste caso, a criança, que, para a psicanálise, não tem idade e sim tempos.

Se a criança é o sujeito da clínica podemos afirmar que a criança é responsável pelos seus sintomas, mas percebemos que algo se modifica no manejo da clínica, como nos explica Angela Vorcaro: ”tratar uma criança implica virar o método analítico ao avesso: emprestar-lhe desejo, significantes e imaginário, para que ela possa experimentar e constatar a possibilidade de sair da determinações do campo da linguagem em que está imersa, através do seu ato de fala”.


Um lindo exemplo sobre tal responsabilidade-amor, pelo sintoma pode ser evidenciado no seguinte diálogo:

Perguntei para a criança, de 6 anos: “por que você está com medo?”

Ela respondeu: “Devem ser os vídeos que assisto e o jogo que eu jogo.”

Partindo da lógica freudiana de “qual sua participação naquilo que se queixa”, perguntei para a criança: "se eles te dão medo, por que você assiste e joga?"

A criança, percebendo o que estava em jogo, rapidamente respondeu: “Os jogos e vídeos não me dão medo!”


Em resumo, diante da percepção da criança de que participa daquilo que ela própria se queixa, lhe resta, para preservar o amor ao sintoma, desmentir o dito!



Outro exemplo:


Primeira entrevista com uma criança de 4 anos:


— Por que você está aqui, por que precisa de tratamento?


A criança, demonstrando um saber sobre si e sobre as conversas que ela escutou em casa que levaram a procura por um analista, responde:


— porque eu choro quando minha mãe sai de casa.


— Por que você chora quando sua mãe sai?


Rapidamente, olhando o tênis e se ocupando do cadarço mais que da enunciação, diz baixinho:


— Porque eu acho que ela não precisa sair!


— Por que ela não precisa sair?


Abraçando as duas pernas, olhando os cadarços desamarrados, responde:


— Porque eu não estou lá! Desamarrou, amarra pra mim?


Nesse segundo exemplo, podemos perceber que o saber do sujeito sobre si é falado de contrabando enquanto a criança se ocupa dos cadarços dos tênis, que parecem ocupar um lugar de esconder/autorizar o dito. Ao mesmo tempo esse “desamarrou, amarra pra mim” dá um belíssimo material para perceber que a criança tem uma demanda que é sua e tem a ver, aparentemente, com sua amarração à mãe. Cabe interpretação, há jogo. Eis a clínica com crianças. Eis abaixo uma proposta de percurso.



Percurso do tratamento com crianças


Com o objetivo de apontar para o funcionamento da clínica psicanalítica com crianças, proponho pensarmos no percurso do tratamento, desde o início até o fim (há um fim?). Faremos esse percurso destacando os principais conceitos da teoria, as principais ferramentas, intervenções possíveis e o lugar dos pais, do sujeito e do analista nesse percurso.

Esse percurso do tratamento pode ser pensado em três partes:


1. As entrevistas preliminares

2. A direção do tratamento

3. Análise terminável ou interminável



1. As entrevistas preliminares

Premissa 1: toda análise começa do mesmo modo e é movida pela única regra, chamada regra fundamental, a associação livre.


Para que o sujeito possa falar livremente é necessário que o analista lhe ofereça uma escuta específica, nomeada por Freud como flutuante. O que significa isso? Significa que a primeira incumbência do psicanalista é escutar e escutar cuidadosamente. Essa escuta se torna particularmente desafiadora na clínica com crianças, mesmo porque a criança não fala como um adulto, mas fala. Fala através do brincar, fala no jogo, fala de inúmeras formas, muitas, aparentemente, silenciosas e não verbais. A tarefa do analista é se dispor a escutar. Se o analista tentar escutar pela via imaginaria, se perceberá surdo. A via imaginaria conduz o analista a procurar o que ele já sabe a partir de suas próprias experiências, levando a uma completa incapacidade de escutar a partir da atenção flutuante proposta por Freud.


Então o que é “atenção flutuante”? Bruce Fink nos explica que se trata de uma atenção que flutua de ponto a ponto, sem a necessidade de tirar conclusões ou de antecipar uma compreensão. É, na verdade, um tipo de atenção que se disciplina para compreender menos o significado e se atentar mais para os significantes, as palavras e “a maneira como são pronunciadas, incluindo velocidade, volume, entonação, emoção, deslize, hesitação, e assim por diante”. Bruce Fink resume que “a atenção flutuante é uma regra – na verdade, uma disciplina – designada a nos ensinar a ouvir sem entender”.


Premissa 2: a análise recebe a criança mas aponta para o sujeito.


Do ponto de vista da psicanálise o sujeito é atemporal e possui tempos, não idades. Sendo assim, o que é uma criança para o analista? Uma criança, para um analista, é um sujeito e é importante lembrar que o objeto da psicanálise é o sujeito, ou seja, o inconsciente, atemporal e estruturado como linguagem. Assim, a psicanálise atende crianças (para isso usa o brincar), mas aponta para o sujeito.


O sujeito, para a psicanálise, não nasce ou se desenvolve, o sujeito se constitui a partir do campo da linguagem, por isso dizemos que o sujeito é um efeito de linguagem. A psicanálise pensa o sujeito, portanto, em sua raiz mesma, como social, como tendo sua constituição articulada ao plano social. Para a psicanálise o sujeito só pode se constituir a partir da família ou de seus substitutos sociais e jurídicos (instituições), ou seja, sem a ordem social o sujeito não se constitui. Alba Flesler expõe isso de um modo mais preciso quando diz que viver não é o mesmo que existir, isso equivale a dizer que nenhuma criança chega ao mundo se não fizer falta a alguém.


Premissa 3: recebemos a criança, apontamos para o sujeito, mas quem nos procura e nos dirige as primeiras queixas são os pais.


O lugar dos pais na clínica com crianças é um desafio que começa ainda no primeiro atendimento: o sujeito (a criança) iniciará o tratamento a partir da procura, de queixas e demandas que, a princípio, não são suas, mas dos seus pais. De um modo completamente diferente da clínica com adultos, na prática psicanalítica com crianças nos recebemos e escutamos seus pais sem perder de vista que a criança é o sujeito para o qual nossas interpretações e intervenções vão apontar. Recebemos os pais de carne e osso, não somente os pais fantasiados e apresentados no discurso ou na transferência. Os pais trazem a criança, pagam o tratamento e decidem quando interromper os atendimentos. Ainda assim essa clínica visa à criança, não seus pais e isso é muito importante para que não se torne, como antecipamos anteriormente, uma terapia de família.


Premissa 4: o objetivo das entrevistas preliminares ou ensaio de análise é, segundo Freud em “início do tratamento”, o diagnóstico diferencial.


Podemos falar hoje de 4 estruturas. Neurose, psicose, perversão e autismo. Nenhum diagnóstico é sem consequências. Nenhum diagnóstico equivocado é sem consequências graves. A direção do tratamento depende disso, do diagnóstico estrutural. As intervenções do analista estão submetidas ao diagnóstico estrutural (da criança não dos pais) e aos tempos do sujeito em análise (criança).


Premissa 5: retificação subjetiva.


A retificação subjetiva é uma proposta lacaniana de que o sujeito se localize no seu discurso e se responsabilize por seus sintomas e resumo, portanto, uma das condições necessárias para a entrada em análise. A retificação é uma leitura lacaniana da famosa pergunta freudiana: “Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”. Se recebemos a criança na clínica é porque a entendemos como sujeito, o que equivale dizer que o psicanalista a considera que responsável pelos seus sintomas.



2. Direção do tratamento


Transferência.


Sendo o sujeito da psicanálise atemporal não existe uma outra teoria ou outros conceitos psicanalíticos para a clínica com crianças. São os mesmos. É necessário compreendê-los na lógica clínica. Porque é fundamental compreender a questão da transferência na clínica? Para que o tratamento não caminhe à deriva. A direção do tratamento e as intervenções do analista implicam que o analista se oriente a partir da relação transferencial, do saber que se constrói da transferência. Na clínica com crianças a transferência também apresenta um desafio a mais que da clínica com adultos, sobretudo no início do tratamento. A transferência se constrói inicialmente dividida, entre o sujeito (criança) e seus pais. Obviamente que a resistência também. Não andam juntas, muitas vezes a relação transferencial se estabelece com a criança, mas não com seus pais, inviabilizando o tratamento.


Sobre o jogo e o brincar.


O jogo e o brincar interessa muito à psicanálise, os consideramos como formações do inconsciente e, portanto, passíveis de serem interpretados. Para a criança o jogo e o brincar cumprem importantes funções na sua relação com o mundo, podendo, por exemplo, servir de suporte diante de uma realidade difícil que, no brincar, pode ser corrigida ou modificada. Isso equivale dizer que, para Freud (em Escritores criativos e seu devanear), a criança brinca porque deseja: “o brincar da criança é determinado por desejos”.

Outra caraterística marcante do brincar é a capacidade de “de-significar” ou “ressignificar” os objetos: vassoura vira cavalo, fósforos exército, espiga de milho uma boneca. Fazendo isso a criança se mostra capaz de dialética, ou seja, percebemos que a função do jogo e do brincar é a articulação e uso da palavra, Freud nos explicou isso a partir do famoso jogo do Fort-Da.

A psicanálise compreende, portanto, que o jogo e o brincar são interpretáveis, como são os sonhos, os lapsos ou qualquer outra formação do inconsciente. Importante ressaltar que tal como os sonhos os jogos ou brincadeiras não devem ser inferidos ou lidos a partir de adivinhações. Tal como o sonho, o que se sabe do jogo ou do brincar é a narrativa e os significantes que giram em torno destes, das repetições e sintomas que se evidenciam desde da escolha dos jogos e dos brinquedos até o jogar e o brincar propriamente dito. Em resumo, o jogo, na perspectiva lacaniana, não tem uma significação a ser desvelada pelo analista, mas sim faz irromper o significante, ou seja, autoriza que um saber seja construído, pela via da transferência, no contexto da análise.


Sobre o desenho.


O desenho, também pode ser lido como uma formação do inconsciente e não deve ser interpretado como peça solta, mesmo que tenha um discurso que o acompanha. É importante pensar no desenho dentro do contexto do tratamento, numa sucessão. Para se saber sobre o desenho a criança deve ser colocada, ela mesma, como leitora de seu desenho. Nossas intervenções diante dos desenhos é de indagar a criança sobre sua produção para que o desenho ganhe sua função na clínica.


Importante destacar que o desenhar é fundamental para a criança pois ultrapassa um ponto da fala, ao mesmo tempo em que o próprio desenho evidencia um ponto limite, aquilo sobre o qual não se pode inscrever mas não cessa de não se inscrever


Os pais.


A melhor orientação que já encontrei na teoria psicanalítica sobre o lugar dos pais na clínica com crianças está no livro da Alba Flesler. Antes de propor qual seria este lugar, a psicanalista argentina revisa as práticas já realizadas na história da clínica com crianças. Seriam quatro as tentativas que obtiveram insucesso na prática psicanalítica:


1. Existem analistas que recebem os pais, os escutam e interpretam como se estes fossem os sujeitos da clínica. Importante ressaltar que receber os pais não significa diagnosticá-los, interpretá-los, em resumo, não implica em analisá-los. Por esse motivo, esse não é o lugar dos pais na clínica com crianças.


2. É necessário, portanto, localizar o lugar dos pais. Uma outra tentativa de alguns psicanalistas foi a de enviar os pais para outro analista com a indicação de que estes deveriam realizar uma análise paralela à análise da criança. O problema dessa proposta é que na maioria das vezes os pais não vão adiante com o tratamento da criança pois não estão dispostos a procurarem o tratamento para si. Tal regra, com efeito, acaba inviabilizando que a criança seja atendida. Por esse motivo, este também não é um lugar possível para os pais na clínica com crianças.


3. Sem poder analisar os pais ou encaminha-los para serem analisados por outro psicanalista, alguns clínicos decidiram agendar uma série constante de entrevista com os pais, como parte da análise do filho. O resultado dessa proposta costuma ser a um aumento intransponível da resistência dos pais ao tratamento da criança. Nesse modelo os pais costumam ficar refratários, sobretudo quando a proposta inclui revisar suas vidas, histórias e escolhas pessoais. Essa terceira proposta também não organiza o lugar dos pais na clínica com crianças.


4. Descartando as três possibilidades anteriores, surge uma quarta saída que seria a de renunciar a presença dos pais e atender exclusivamente a criança. Nessa proposta o analista faria suas interpretações e intervenções exclusivamente com a criança, sem intervir com os pais. Essa proposta leva a um impossível de se manter no lugar do analista pois o lugar dos pais fica indefinido. Para que o analista se mantenha no seu lugar, é necessário localizar, também, o lugar dos pais. Não se pode, portanto, prescindir do lugar dos pais na clínica com crianças.


Como proceder então? Qual o lugar dos pais na clínica com crianças? Para Flesler o analista deve “intervir na linha de restaurar a falta onde ela falta, ou seja, onde encontramos uma falha na estrutura”, essa operação inclui os pais a partir das observações que são feitas com a criança. A psicanalista continua: “O meu critério é juntar análise de criança um influxo analítico sobre os pais, ou seja operar considerando a presença dos pais no tratamento das crianças.” Complementa ainda: “O analista orienta o nó, o laço, a relação entre desejo, sintoma e o gozo dos pais. O influxo analítico entendido como uma reorientação do nó, propiciando um bom enlace.” Como podemos entender o lugar dos pais na clínica com crianças? Que para localizar os pais temos que, primeiro, localizar o sujeito e os seus tempos e investigar onde a falta, falta. Orientar os pais para que eles possam intervir, em casa, entre eles, com a criança, na escola, no lugar onde a estrutura da criança (sujeito) mostra falhas, de acordo com o tempo em que o sujeito se encontra.


Recebemos pais que chegam à clínica nas mais diferentes posições, isso impacta no manejo do analista. Pais que chegam numa posição de impotência em relação a sua função é com receio de perderem o amor de seus filhos. Pais que não se autorizam como pais pois estão, por exemplo, ainda presos na posição de filhos. Pais desautorizados, que não sustentam nenhuma cota de suposição de saber sobre si ou sobre o cuidado dos seus filhos. São inúmeros os motivos pelos quais percebemos que algo falta para haver o devido desdobramento da função dos pais, nesses casos o analista intervém com o objetivo de guiar uma delimitação possível.



Os tempos do sujeito


De um modo muito didático, Alba Flesler organiza o percurso do sujeito desde o nascimento até a saída a adolescência em seis tempos, organizados no quadro abaixo e articulados ao predomínio do imaginário, simbólico e real.


Tempos do Sujeito

Predomínio do Registro

1

Ser ou não ser o falo

Imaginário

2

Primeiro despertar sexual ou Instante de olhar

Real

3

Ser ou ter o falo

Imaginário

4

Latência ou tempo de compreender

Simbólico

4

Segundo despertar ou início do drama puberal

Real

6

Momento de concluir ou precipitado fantasístico

RSI


3. Análise Terminável ou Interminável


Para finalizar o percurso do tratamento, se torna imprescindível, após falar de uma análise que começa e uma análise que continua, falar sobre as possibilidades do tratamento com crianças terminar. Se o início da análise de uma criança é motivado pela necessidade de intervir diante dos tempos do sujeito, e o tratamento que continua é marcado por intervenções com o objetivo de reparar as falhas na estrutura desse sujeito, o fim da análise também merece uma pontuação com sustento lógico.

Já adianto sobre a impossibilidade de definir um universal para o fim de análise. Nem todas as análises chegarão a um fim e cada uma terminará por diferentes motivos e, se tratando de crianças, dificilmente terminará em definitivo. Podemos antecipar que, na clínicas com crianças, o tratamento se interrompe para mais tarde talvez continuar, de tal modo que esta clínica é certamente, simultaneamente terminável e interminável.


Alba Flesler (no livro A criança em análise e as intervenções do analista) nos oferece um sustento lógico muito interessante: “Se sabemos por que começamos, a finalidade, saberemos encerrá-la”. O que isso significa? Se iniciamos um tratamento diante de falhas na estrutura e comprometimentos na promoção dos tempos do sujeito, podemos afirmar que o fim deste tratamento ocorrerá quando suplências ou caminhos possíveis forem construídos, através do percurso analítico, para possibilitar o percurso do sujeito para além de tais falhas.



 

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Sobre a autora:


Renata Wirthmann é psicanalista e professora associada do curso de Psicologia da Universidade Federal de Catalão (UFCAT). Possui pós-doutorado em Teoria Psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB) e mestrado em Psicologia pela UnB. Professora das pós-graduações em psicanálise do Instituto ESPE e coordenadora de programas de formação continuada.



Revisão e publicação:


Revisão e publicação realizada pelo psicanalista e pesquisador Thales de Medeiros Ribeiro. Mestre e doutor em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL-Unicamp). Pós-doutorando na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP). Vice-líder do grupo de pesquisa PsiPoliS (Psicanálise, Política, Significante) do IEL-Unicamp. Integra do Fórum do Campo Lacaniano da Região Metropolitana de Campinas (em formação), e docente da disciplina de Metodologia da Escrita e Pesquisa das especializações do Instituto ESPE.



Recomendações e referências


ELIAS, L. O conceito de sujeito. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.


FINK, B. ​​Fundamentos da Técnica Psicanalítica: uma Abordagem Lacaniana Para Praticantes. São Paulo: Blucher, 2017.


FINK, B. Introdução clínica à psicanálise lacaniana. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.


FLESLER, A. A criança em Análise e as Intervenções do Analista. Porto Alegre: Discurso, 2022.


FLESLER, A. A psicanálise de crianças e o lugar dos pais. Rio de janeiro: ​​Zahar, 2012.


FREUD, S. O escritor e a fantasia (1908). In: FREUD, S. O delírio e o sonho na Gradiva e outros trabalhos (1906-1909). Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 325-338. (Obras completas, 8).


FREUD, S. (1913). O início do tratamento (Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise I). In: FREUD, S. Artigos sobre a técnica (1913-1916). São Paulo: Companhia das Letras, 2019. (Obras completas, 10).


LACAN, J. O seminário: livro 5: As formações do inconsciente (1957-1958). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.


LACAN, J. O seminário: livro 16: De um Outro ao outro (1968-1969). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.


MALEVAL, J.-C. Por que a hipótese de uma estrutura autística? Opção lacaniana online. Ano 6, n. 18, p. 1-40, 2015. Disponível em: <http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_18/Por_que_a_hipotese_de_uma_estrutura_autistica.pdf>. Acesso em 02 mar. 2023.


VORCARO, A. Crianças na psicanálise: clínica, instituição, laço social. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2005.


VORCARO, A. A criança na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2004


 

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